Por ser considerada de nível fácil, a trilha para o Açude do Camorim é freqüentada por muitos idosos e crianças. Depois de caminhar por cerca de quatro quilômetros, o visitante é agraciado com a deslumbrante visão de um açude, localizado a 436 metros de altitude (mais alto que o Pão de Açúcar) utilizado para o abastecimento de água da região. No caminho, há ainda a Cachoeira do Camorim. A exuberância da mata tropical do parque não é a única atração no caminho da Represa do Camorim. Antes de chegar ao lago, o visitante encontra pilhas de pedras cobertas de limo. Além disso, pode visitar as impressionantes ruínas de uma casa.
Segundo o guia Delto de Oliveira, as pedras seriam sobras da construção da represa, no século XIX. Contam os moradores mais antigos que as inúmeras pilhas foram trazidas por escravos. Já a casa teria sido erguida por um alemão, escondido no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Os moradores dizem que ele só ficou ali por alguns anos. Na década de 70, ainda era possível ver a casa inteira, com as paredes de pé e os azulejos instalados. Desde então, o mato avançou sobre a casa, as paredes de tijolos de barro foram parcialmente derrubadas, e não há mais azulejos.
Para chegar a esta Trilha siga pela Estrada do Camorim, chegando na Capela de São Gonçalo do Amarante, siga na estrada à esquerda da capela em direção ao Parque da Pedra Branca – Núcleo Camorim. Outrora misteriosa e intocada, a floresta que ladeia Vargem Grande, Vargem Pequena e Camorim guarda ainda seus segredos. Uma caminhada de uma hora e meia, morro acima proporciona ao visitante aulas de botânica, zoologia e história. A Represa e o caminho até ela são fantásticos. Há uma infinidade de espécies de ervas e bichos raros.
A caminhada começa na estação de tratamento da Cedae, que trata as águas que abastecem a região. Esta estação foi construída em 1912 e é o marco da engenharia hidráulica no local. A partir daí começa a subida. Ainda no início (400 metros desde o portão), antes de uma curva à direita, existe uma pedra de onde é possível ver toda a Baixada de Jacarepaguá, o autódromo e a Barra da Tijuca, e à direita a Pedra Rosilha, própria para escalada. De volta à trilha, pode-se apreciar a vegetação remanescente de Mata Atlântica. Os jequitibás são muito comuns e existem alguns com mais de 300 anos. Quaresminha, ipê amarelo e roxo, jacarandá, cedro, jacatirão e outros tipos de plantas podem ser encontrados durante o percurso. Já os animais são vistos de manhã cedinho ou a noite. Os mais comuns são paca, tatu, cotia e quati. Além dos ameaçados de extinção, como as jaguatiricas, macaco-prego, preguiça de coleira e outros.
Depois de quase uma hora de caminhada, o canto dos pássaros se mistura ao som das águas da Cachoeira do Camorim, parada obrigatória para quem quer descansar e se refrescar. O caminho da cachoeira fica à direita numa curva variante, descendo bem íngrime.
Construída durante o século XIX, para abastecer a região pertencente a Jacarepaguá, a represa foi projetada pelo Engenheiro Sampaio Corrêa e está localizada entre as Serras do Quilombo e do Nogueira e o Pico do Sacarrão, num vale cercado de muito verde. Em 1817 houve uma crise de abastecimento na cidade. O governo imperial, então, mandou procurar mananciais em toda a parte. O do Camorim foi uma dos primeiros a serem descobertos. A construção terminou em 1908, conferindo ao lago o tamanho atual: um quarto da Lagoa Rodrigo de Freitas. Atualmente, a Represa abastece nove mil moradores da região e é um dos Patrimônios do Rio.
1) Nível: Simples. Percurso com caminhada leve superior;
2) Atrações: Cachoeiras, Mirante, Flora e atrativo turístico natural;
3) Duração: 02 horas e meia de caminhada (ida e volta);
4) Extensão: 3 km (percurso);
5) Altitude Máxima: 436 metros;
6) Característica: Trilha de Ecoturismo.
FONTE: WWW.PARQUEPEDRABRANCA.COM